sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ENERGIA GERADA DE DEJETOS DE SUÍNOS



Instalação de biodigestor do Projeto Alto Uruguai
Usar dejetos de suínos para alimentar biodigestores e, com o gás gerado, produzir energia elétrica. Esse é um dos objetivos de um projeto piloto desenvolvido no Sul do país e que visa transformar uma região na divisa do Brasil com a Argentina, conhecida como Alto Uruguai, em modelo de produção e consumo de energia sustentável.
A iniciativa, batizada de Projeto Alto Uruguai, foi lançada em 2004 e, desde então, foram instaladas 35 unidades de biodigestores em propriedades rurais dedicadas à suinocultura, localizadas em 24 municípios da região, sendo 19 em Santa Catarina e cinco no Rio Grande do Sul.
O biodigestor é um equipamento que transforma materiais diversos, como lixo, dejetos animais e resíduos vegetais, em biogás e adubo. O adubo é usado na lavoura, enquanto o biogás pode ser utilizado como combustível, em substituição ao gás de cozinha, no aquecimento de instalações e na produção de energia elétrica.
O projeto prevê a construção de uma central de geração de energia elétrica de biogás na comunidade de Santa Fé Baixa, no município de Itapiranga, em Santa Catarina. A usina, em fase de implantação, terá capacidade para produzir 150 kWh de energia elétrica, o suficiente para atender à demanda de mais de 600 famílias.
Também está prevista a montagem da primeira central de energia elétrica do Brasil de hidrogênio movida a biogás de dejetos de suínos. Localizada na cidade de Chapecó, em Santa Catarina, a unidade será capaz de produzir 27.623 KW de energia por ano.
Além disso, o projeto contribui para a conservação de energia ao promover cursos de capacitação para professores das redes municipais e estaduais, agentes comunitários e participantes do Plano Municipal de Gestão da Energia Elétrica (PLAMGE), o que proporciona aos gestores municipais redução nos gastos com energia, aumento da eficiência e melhor atendimento à população.
O Projeto Alto Uruguai é uma parceria entre a Eletrobras, a Eletrobras Eletrosul, a Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e as 29 prefeituras da região.
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