sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Atendente se escondeu em freezer para sobreviver ao incêndio em SM


Em entrevista coletiva para atualizar sobre a situação dos pacientes em Santa Maria, o ministro da saúde,
Alexandre Padilha, alertou sobre os perigos da intoxicação no incêndio. Ele contou a história a atendente da boate Kiss que, durante o incidente, escondeu-se no freezer para sobreviver. No dia seguinte à tragédia, ela precisou ser hospitalizada com pneumonia química. Intoxicação e queimaduras provocaram a morte de 235 pessoas no incidente.
"Ela voltou para casa e, só na noite do dia seguinte, a mãe percebeu que a respiração da menina estava ofegante.
“Depois de algum tempo, levou a filha para o atendimento médico, onde imediatamente ela teve que receber ventilação mecânica”, detalhou. Padilha relatou, porém, que a paciente já recebeu alta do hospital.
Dessa forma, ele reforçou o alerta para que as pessoas que presenciaram o incêndio fiquem atentas a sintomas como tosse, cansaço e falta de ar. Mesmo para quem estava apenas em frente à boate, podem ser sinais tardios de comprometimento dos pulmões. Ele reforça que, com o passar do tempo, fica mais raro ter alguma complicação, mas ainda é preciso atenção.
O incêndio começou por volta das 2h30min de domingo. O público jovem participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado em uma forração de isopor.
As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início.
Testemunhas relataram que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem.
Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram. Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimões, usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.
Fonte: Agência Brasil

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