segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Três Palmeiras - Comunidade Santa Ana Linha nova 2 encerra sua história


Veja a reportagem produzida pela equipe da Rádio Comunitária Liberdade.
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Uma outra agricultura, com produção de alimentos limpa, é possível

Dossiê Abrasco adverte sobre os danos causados pelos agrotóxicos, mas também aponta caminhos possíveis para a produção de alimentos limpa
Versão impressa do Dossiê Abrasco
Foto: Leslie Chaves 
Profissionais, gestores públicos, professores e estudantes de diversas áreas do conhecimento, mas principalmente das graduações e pós-graduações em nutrição, engenharias ambiental e de alimentos, e de outros cursos ligados ao campo da saúde, tiveram a oportunidade de discutir as contribuições do “Dossiê Abrasco: Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde” com dois dos organizadores do trabalho, a biomédica e doutora em saúde pública Karen Friedrich, o biólogo e doutor em Epidemiologia, Fernando Carneiro; e ainda com o engenheiro agrônomo e doutor em engenharia de produção,Leonardo Melgarejo.
Os debates aconteceram durante o lançamento do Dossiê que, à noite, fechou a programação doSeminário Agrotóxicos: Impactos na Saúde e no Ambiente, promovido na Unisinos ao longo da última segunda-feira, 24-08-2015. O livro reúne em suas cerca de 600 páginas uma série de informações científicas que buscam o diálogo com a sociedade a partir de uma linguagem, diagramação, e inserção de recursos gráficos que procuram facilitar a compreensão e o uso do material.
O Dossiê começou a ser dissecado já durante a tarde na conferência de Fernando Carneiro, que é professor da Fundação Osvaldo Cruz, a Fiocruz Ceará, e da Universidade de Brasília – UnB. O pesquisador mergulhou na publicação para falar dos efeitos e impactos dos agrotóxicos no meio ambiente e da sustentabilidade como alternativa ao agronegócio. “Vende-se a ideia de que o uso de sementes transgênicas e mais agrotóxicos são necessários para aumentar a produção. Mas dados do IBGE mostram que quem mais põe alimento na mesa do brasileiro é a agricultura familiar”, diz o pesquisador.
Signorá Konrad, professora do curso de Nutrição da Unisinos (à esquerda), Fernando Carneiro, Leonardo Melgarejo e Karen Friedrich no evento
Foto: Leslie Chaves
Depois de fazer um resgate histórico do uso dos agrotóxicos, Carneiro aborda o poder da propaganda das empresas detentoras das patentes das substâncias. “É assim que se dissemina e cristalizam falsas verdades sobre o tema. E vive-se essa hegemonia do agronegócio também dentro da academia. Um percentual de 95% das pesquisas sobre agrotóxicos visam à maximização de seu uso e não medir e avaliar seus efeitos no ambiente”, destaca. É nesse contexto que o Dossiê se insere. A ideia é promover o pensamento complexo e se afastar do marketing do agronegócio e da assepsia da ciência que busca distanciamento na relação entre problema e objetivo.
De acordo com o pesquisador, esse é um dos motivos de o Dossiê buscar inspiração em autores como Edgar MorinPaulo FreireBoaventura de Sousa Santos, entre outros. “Uma das grandes novidades é a metodologia, o olhar multidisciplinar, a forma como trazemos e organizamos as informações que já estão por aí. Afinal, já vimos que temos teoria crítica. O problema é que ainda temos o pensamento careta”, provoca.
Para Karen Friedrich, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN e coordenadora do GT de Agrotóxicos e Transgênicos da Associação Brasileira de Agroecologia; o Dossiê discute os problemas causados pelos agrotóxicos, mas também aponta trilhas para a mudança. Uma dessas opções é a agroecologia, que possibilita a produção de alimentos sem produtos químicos e ainda é um meio para a promoção da justiça social a partir da valorização dos saberes de famílias que há muito tempo produzem alimentos de uma maneira saudável e rica, em diversas dimensões, para a sociedade. “Os consumidores têm o direito de saber sobre todas as informações a respeito dos agrotóxicos, de que forma esses químicos estão presentes nos alimentos e onde buscar alternativas, para poder escolher o que vão adquirir para compor sua alimentação”, defende.
Profissionais, gestores públicos, professores e estudantes acompanharam o evento
Foto: Leslie Chaves
Leonardo Melgarejo, engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, membro do Grupo de Estudos em Agrobiodiversidade, e coordenador do GT Agrotóxicos e Transgênicos da Associação Brasileira de Agroecologia, ressalta a questão da alimentação processada, que também é produzida a base de produtos químicos. Para o pesquisador, é necessário que se incentive o consumo de alimentos naturais cultivados a partir de métodos orgânicos e sustentáveis. Os debates suscitados pelo Dossiê podem ser uma forma de fomentar essa mudança de hábito. “Quando consumimos, por exemplo, suco industrializado de fruta, seu gosto se parece com o da fruta, mas estão longe de ser a fruta. Ainda, esses alimentos são produzidos para serem consumidos até o final, não importando o tempo que se leve para terminar com o conteúdo da embalagem. São produtos cheios de conservantes, que não estragam, e isso é preocupante, pois nem as bactérias e fungos querem se alimentar deles. Nós queremos que as pessoas consumam alimentos de verdade, produzidos de maneira saudável e sustentável”, ressalta.
O “Dossiê Abrasco: Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde” continuará sendo debatido nos diversos eventos de lançamentos que estão agendados para acontecer em várias cidades do Brasil. Ainda, o material tem sido recebido em países da América Latina e em breve será concluída sua tradução para o espanhol. Essa versão em língua espanhola tem previsão de ser lançada em outubro deste ano na Argentina, no Congresso Latino-Americano de Agroecologia, da Sociedade Latino-Americana de Agroecologia – SOCLA.
É possível acessar a versão eletrônica do Dossiê aqui.
Por Leslie Chaves e João Vitor dos Santos
(EcoDebate, 31/08/2015) publicado pela IHU On-line, parceira editorial da revista eletrônica EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
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Desmatamento cresce 152% em Mato Grosso



Foto: Divulgação – Arquivo ICV

Por Daniela Torezzan/ICV
O desmatamento em Mato Grosso voltou a crescer depois de anos em queda, registrando alta de 152% no atual calendário de monitoramento, que começou em agosto de 2014 e fechou em julho de 2015, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O monitoramento por satélite registrou 1.036 quilômetros quadrados de desmatamento nestes 12 meses, contra 411, do período anterior (agosto de 2013 a julho de 2014). Com isso, o Mato Grosso lidera o ranking nacional de corte da floresta, sendo responsável por 31% de todo o desmatamento registrado na Amazônia Legal, que também teve aumento, de 63%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, pelo Instituto do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Dos oito estados que compõe a Amazônia Legal, apenas o Pará conseguiu reduzir o desmatamento em comparação ao calendário anterior. Embora o monitoramento tenha detectado 732 quilômetros quadrados de desmatamento, os esforços permitiram uma redução de 14% em comparação com o mesmo período do ano anterior, que totalizou 852 quilômetros quadrados.
Em Mato Grosso, a maior parte do desmatamento, 61% do total acumulado no último ano, aconteceu em imóveis rurais não cadastrados no Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (SIMLAM). Uma tendência que se repete, já que no período anterior, o total nessa categoria fundiária foi de 62%.
Análise do Instituto Centro de Vida (ICV) mostra que o município de Colniza, na região noroeste de Mato Grosso, registrou 204% de aumento na comparação com os dois períodos, totalizando 171 quilômetros quadrados de retirada da floresta, entre julho ao ano passado e agosto deste ano, o que representa 17% do total detectado em Mato Grosso. Vale lembrar que, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) o município tem apenas 43% da área no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O ranking estadual dos municípios que mais desmataram é composto ainda por Feliz Natal (84 km²) e Juína (62 km²). Com relação ao tamanho, a análise do ICV aponta que 53% da área teve desmatamentos entre 50 e 250 hectares.
Para Alice Thuault, Diretora Adjunta do ICV, a situação demonstra um grande desafio que é a necessidade de reforçar a ação em nível municipal, citando, por exemplo, o fato de Colniza não ter aderido ao Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis, cuja implementação prevê a elaboração de um plano de metas para área de gestão ambiental, fundiária e desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis. “Já está provado que não é necessário mais desmatar para produzir. Mato Grosso, como maior produtor de grãos e maior rebanho bovino do Brasil, precisa assumir esse compromisso e empenhar esforços para zerar o desmatamento”, reagiu.
Entre agosto de 2014 e julho de 2015, a Amazônia Legal perdeu 3.322 quilômetros quadrados de floresta.
Confira os infográficos interativos aqui.
http://infogr.am/sad_ana_v-9673603

in EcoDebate, 28/08/2015
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Agrotóxico: o inimigo entre nós

Seminário promovido pelo IHU e PPG em Saúde Coletiva da Unisinos evidenciou o impacto do uso de agrotóxicos no ambiente e toda a lógica que sustenta o sistema apoiado no agronegócio
“Sem agrotóxico se compromete a produção em larga escala de diversas culturas”. “As sementes transgênicas – e o uso de agrotóxicos implicado no seu cultivo – aumentam a produtividade”. Essas duas frases materializam o que pesquisadores chamam de inverdades acerca do assunto agrotóxico. Elas mascaram uma realidade, em detrimento do interesse econômico. É a lógica do capital sendo atualizada no agronegócio, que subverte a lógica natural. Essa foi a perspectiva que permeou oSeminário Agrotóxicos: Impactos na Saúde e no Ambiente, realizado na segunda-feira, 24-08.
Lançamento Dossiê Abrasco
Foto: Leslie Chaves
O evento, promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU e pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, reuniu pesquisadores, técnicos e profissionais de dentro e fora da universidade para debater os reais impactos do uso desses produtos tóxicos. E, no horizonte, tentar entender por que é tão difícil enfrentar essa lógica que estimula o seu uso. Lógica essa que faz dos agrotóxicos algo impregnado na sociedade, muitas vezes sendo naturalizado pelo ser humano.
Como professora do curso de Nutrição da Unisinos, Regina Alcântara estava atenta ao debate acerca dos efeitos nos alimentos. “Para se pensar em qualidade do alimento é fundamental discutir o uso de agrotóxicos”, disse. Sua colega, a professora Vanessa Backes, destaca que o assunto é estrutural para o conceito de segurança alimentar. “Até bem pouco tempo, segurança alimentar era quantidade de alimento”, destaca, ao perceber que é por aí que entram os argumentos para justificar usos de químicos. “Só que, felizmente, estamos percebendo que discutir a qualidade do alimento é mais importante para a segurança alimentar do que a quantidade. Precisamos de alimentos que realmente nos nutram e promovam nosso desenvolvimento por inteiro”, completa.
Karen Friederich
Fotos por João Vitor Santos/IHU
Na luta contra o inimigo, barata morta só no chinelo
O agrotóxico faz mal ao ambiente e a nós mesmos. Todos sabem disso, mas poucos conseguem perceber o quanto ele faz parte da vida cotidiana. Não precisa ser produtor rural ou consumidor de hortifrutigranjeiros para se expor aos agrotóxicos. “Eu, por exemplo, tento espantar a barata. Se ela não fugir, mato só no chinelo”, diz a biomédica e professora daFundação Oswaldo Cruz – Fiocruz e da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UniRioKaren Friederich. É uma caricatura que faz, ao destacar que dentro do inseticida doméstico há elementos tóxicos, os chamados agrotóxicos urbanos. É um produto de uso doméstico que nem associamos aos agrotóxicos. Inseticidas usados como bloqueador epidemiológico pelo próprio poder público vão na mesma linha. Por exemplo, os fumacês no caso da Dengue.
E como tais substâncias são liberadas pelas autoridades?Karen destaca que, tanto para usos domésticos como para agricultura, os registros para liberação são baseados em testes que não levam em conta a complexidade das substâncias. “São testes em condições laboratoriais onde cobaias são expostas a um determinado agrotóxico e por uma só via. No ambiente, somos expostos a vários tipos de agrotóxicos. Isso gera efeitos acumulativos e essa combinação pode gerar consequências, como predisposições cancerígenas. Além do mais, também podemos absorver agrotóxicos por mais de uma via. Os efeitos podem surgir a muito longo prazo”, explica.
É por isso que órgãos como Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa têm a missão de regulamentar, analisar, controlar e fiscalizar agrotóxicos. Mesmo os que já têm seu registro homologado. “Essa revisão é importante, pois surgem novas pesquisas que aprofundam o conhecimento sobre as substâncias. Além disso, há de se avaliar tanto efeitos agudos da exposição – quando se percebe um efeito de imediato, pouco tempo depois do contato – quanto crônicos – aqueles que podem se manifestar muito depois”, completa.
2,4-D
Atualmente, a grande preocupação dos pesquisadores é com relação à liberação da nova geração de transgênicos, resistentes ao agrotóxico 2,4-D. “Esse agrotóxico tem em sua composição substâncias que faziam parte do Agente Laranja, usado na Guerra do Vietnã”, explica. Por isso, o produto está na lista da Anvisa para reavaliação, assim como o Glifosato. “A liberação de sementes resistentes ao Glifosato aumentou em muito seu consumo. Tememos que isso ocorra com o 2,4-D, que tem um impacto ainda maior”, alerta Karen.
Leonardo Melgarejo durante palestra
Uma luz do fim do túnel que se chama Pronara
E como fugir dos agrotóxicos? Para o agrônomoLeonardo Melgarejo, integrante da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – Agapan, é preciso romper com a lógica do agronegócio. Produzir mais alinhado com princípios da agroecologia. Mas para isso é preciso consumir mais alimento agroecológico. O estímulo para isso passa por políticas públicas. É esse o objetivo doPlano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo. Para fazer este plano funcionar é necessária a implementação de outro, oPrograma Nacional de Redução de Agrotóxicos – Pronara. “Diminuindo o uso de agrotóxicos, caminhamos para outros sistemas produtivos como a produção orgânica”, destaca.
O problema é que a pressão do agronegócio pesa sobre o poder público. Assim, os planos acabam patinando. “Mas nós, enquanto sociedade, temos nosso papel. Devemos lutar contra essa maquiagem de informação e não aceitar o retrocesso. A retirada da indicação da presença de alimentos transgênicos no rótulo de alimentos é isso. Sonega uma informação e limita o poder de escolha do consumidor”. O caminho, para Melgarejo, é buscar fóruns em que se possa fazer pressão. Defende que é preciso saber o que está sendo discutido sobre a legislação de agrotóxicos e transgênicos para buscar a implementação dos planos, rompendo a cadeia do agronegócio. “A informação é a chave. Ela nos dá protagonismo. Para isso podemos buscar entidades que nos auxiliam”, provoca, ao estimular a plateia a buscar informação e cobrar ações, por exemplo, de senadores gaúchos a respeito da mudança na legislação sobre rotulagem de alimentos transgênicos. “Informação, participação e controle social. É o que precisamos”.
Por João Vitor Santos 
(EcoDebate, 28/08/2015) publicado pela IHU On-line, parceira editorial da revista eletrônica EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Três Palmeiras - IM INFORMÁTICA realiza Cursos de Informática Básica

Estão abertas as inscrições para cursos de Informática Básica, e intermediário, interessados podem entra em contato com a IM INFORMÁTICA pelos fones: (VIVO) 54 9611 0186 ou 54 9913 2876 ou (OI) 54 8421 3494.
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Três Palmeiras - Projeto Plantando Liberdade


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