terça-feira, 28 de janeiro de 2020

João Saudade - Pedro Neves

João Saudade - Pedro Neves
Letra: Vaine Darde 
Música: Pedro Neves


No estilo da estampa um resto de pampa Farrapo nos trapos
Bombacha já rota melena revolta e um jeito de guapo
Chapéu deformado um lenço rasgado ainda bandeira
Guaiaca roída rimando com a vida do João da Fronteira

Por quê, oh João deixaste o galpão
E a lida campeira pra ser na cidade
Mais um João-saudade, sem eira, nem beira

Seu moço, o senhor não sabe a saudade de um campeiro
Que se extraviou na cidade grande na lida de papeleiro
Eu ando marcado de cincha nessa carroça que eu puxo
Usando uns restos de pilchas do que sobrou de um gaúcho


O João da favela que a vida atrela a um carro de mão
É João-lá-de-fora, repontando agora papel, papelão
E assim, quem diria, que a sorte um dia lhe desse este pealo
O João já nem sente que ontem ginete é hoje o cavalo

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Velho Uruguai - Valdecir Nunes - Tchuio

Velho Uruguai - Valdecir Nunes

Velho Uruguai olhando você agora
Na verdade, as vezes choro
Recordando o que passou

Quantas famílias que morava em sua beira
Ranchão velho de madeira, mas nunca lhe abandonou

Nossa família que morava ali também
Você sabe muito bem o quanto eu fui feliz

Família pobre sem luxo e sem riqueza
Mas minha maior nobreza foi ter nascido ali

Suas barrancas que foram montadas por Deus
Ali quando filhos seus
Se criou pescando eu vi

Nunca pensava que a evolução chegava
E dali me expulsava
Sem ao menos me dizer

Eu vou deixar aqui toda a minha vida
Embora seja obrigado e não tenho outra opção

Que vai fazer um velho lá na cidade
Vou morrer é de saudade
Recordando o meu sertão

Uma barragem, pôs, o fim na harmonia
Quando eu soube aquele dia
E morri um pouco mais

Foi alagado todo meu berço de ouro
E o meu maior tesouro
Submerso eu perdi

Amava tanto o meu pedacinho de chão
Juro que meu coração
Ficou morando ali

Perdi pra sempre o lugar onde morei
Só em sonhos viverei
O recanto onde nasci

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

A solidão dos pássaros aprisionados pela ignorância humana

Em sã consciência você não aprisionaria alguém inocente, correto?

Entretanto, é o que vemos diariamente, gaiolas penduradas em janelas, pessoas carregando seus pequenos presídios, com seus condenados para "pegar sol" pela manhã. Estranho, não? Sim, se pararmos para refletir sobre essas pequenas atitudes danosas a outros e nos colocássemos no lugar desses, talvez agiríamos com mais senso de justiça, reconhecimento e o principal, compaixão.

Há falta de total empatia, onde não percebemos o mal que produzimos com essa atitude gerada pela ignorância, ganância e na prática, falta de sensibilidade e inteligência. É óbvio que criar animais em gaiolas, presos e subjugados é errado, cruel e desumano. Não temos direito sobre a vida dos outros e de outras espécies.

Seres vivos, pássaros, pequenos animais dotados da capacidade de voar. Esses, tem sua individualidade, sua existência e seu serviço à mãe natureza e infelizmente são enclausurados por "humanos" com capacidade baixíssima de entender e muito menos compreender o quanto todos os seres vivos são necessários e estão aqui por motivo de força maior. Alguém quebra esse ciclo, trancafiando um pequeno ser inocente e indefeso, dotado e capacitado para nos dar vida sem pedir nada em troca. Você já refletiu sobre isso? Nunca é tarde, já que à vida passa e a sua também, ninguém é eterno. Então, aproveite sua capacidade peculiar humana de refletir sobre tudo e seja mais honesto consigo e com o mundo a sua volta, nesse condomínio existencial onde todos dependem de todos.

Muitos de nós ou grande maioria, age mecanicamente por costumes, culturas primitivistas, condicionamentos, repetições e, digamos, adestramento social. A pessoa age por instrução de alguém ou alguma coisa, sem ao menos se questionar dessas atitudes maléfícias que promove todos os dias, formando um balé cruel e desproporcional a "racionalidade" que carregamos, relativizada pelo antropocentrismo, colocada em prática a nossa volta sem ética nenhuma. Pasme! Subestimando sua própria capacidade de pensar, de justificar o único animal terreno capaz de discernir o certo do errado, e bem do mal, para fazer valer a sua real evolução.

"Racionalidade" não quer dizer que tenha sobriedade, não quer dizer que tenha lucidez, como também não quer dizer que seja justa. Consciência vai muito além disso, e é o fator primordial para a verdadeira e universal justiça, sobrepondo essa racionalidade que gira em torno da nossa espécie a colocando acima de todos os outros seres, o que é um erro grave e fatal. O ser humano não sobrevive sem outras espécies e estranhamente exterminamos tudo a nossa volta, e um dia, quem sabe, a nós mesmos.

Tirar um passarinho possuidor de asas da natureza e o enclausurar dentro de uma gaiola de meros 30x40 de espaço, onde resume-se sua vida em zero, só tem um significado: crueldade produzida por cegueira não física, e sim, mental. Esses animais podem voar por quilômetros, atravessar municípios, estados, comer de todos os frutos que desejar e beber de todas as fontes. Mas não! Vai lá um ser que se diz "racional", o captura, trancafia e oferece uma alimentação repetida e água quente eternamente, onde muitas vezes esses infelizes "humanos" os esquecem no banho de sol e muitos morrem. Grande maioria compra e vende como coisas, objetos, apenas um negócio e não vidas. Outro fator, o comércio lucrativo que retira da natureza milhares e milhares de animais todos os dias, onde um pouco mais de 1/3 chega com vida ao destino pelas mãos de traficantes. Isso por causa de um dos maiores defeitos da espécie humana, à ganância. Passarinho na gaiola não canta, lamenta.

Engaiolar pássaros, você está privando seres de usufruir de sua principal característica que a existência lhe deu, voar. Isso já fere todo contexto existencial desse ser, que tem sua vida amputada em sua maior dádiva que a natureza sabiamente lhe destinou dando sentido, que por sinal, deve ser maravilhoso. Esses animais têm um papel fundamental no planeta, dispersar sementes, distribuir sabiamente, fazendo a polinização, assim, espalhando pólen colhidos das flores por onde voam, em um natural e equilibrado processo de semear vida por onde passam, inclusive promovendo bem estar e vida aos mesmos ignorantes que os trancafiam e os condenam.

Cada espécie de pássaros pertence a uma região e são responsáveis naturalmente a reflorestar áreas, comendo específicas sementes, que retornarão ao solo através das fezes. Ou seja, o ciclo biológico que nos faz vivos e toda forma de vida, são promovidas na maioria das vezes por esses pequenos seres, nos fornecendo ar puro, sombra, bem estar ambiental e todo tipo de suprimento para manter à vida na Terra. Lembrando também, seu papel fundamental no controle natural de vetores, exemplo: mosquitos, moscas, pernilongos e qualquer outro inseto, evitando que se tornem pragas, como por exemplo o transmissor da Dengue e suas vertentes. E por que os trancafia?!

Você que está lendo esse texto, lembre-se que, ao ver um pássaro em gaiola, saiba que aquilo não é uma vida no sentido real da palavra, e sim, um pobre animal condenado e explorado pelo seu tutor, esse meramente um carcereiro e ao mesmo tempo um juiz que o condena à prisão perpétua e mata aos poucos, fisicamente e psicologicamente. Reflita, dá tempo de você entrar nessa luta por justiça por aqueles que não podem ao menos se defender da maldade humana. Espalhe esse texto, compartilhe com amigos e familiares, debata, discuta pois as verdadeiras vítimas que por motivos óbvios não podem falar e esboçar qualquer reação, pois estão nesse momento cercadas de grades penduradas em uma canto frio e sem vida obrigados a cantar observados diariamente por um escravagista que dorme o sono letárgico da consciência.

Passarinheiros tentam justificar o injustificável, ou seja, reproduzem em cativeiro aquilo que extraíram da natureza a ponto de extinguir várias especies. Agora falam que preservam a espécie. Contraditório e conveniente? Totalmente! Se não há comércio e se criminaliza quem os tira da natureza, esses animais estariam livres em quantidades nas nas matas sem precisar do "Deus" humano para lher dar vida. Reflexão, sem hipocrisia por favor!

Promova debates, peça seus representantes políticos leis eficazes, sérias e abolicionistas. Esses animais não dão vida, precisamos retribuir dando-os liberdade e proteção.

Se você concorda com esse texto e acha interessante a colocação, compartilhe para que mais pessoas acordem para essa crueldade, e ajudem a libertar esses seres angelicais que além de nos proporcionar vida em qualquer bioma, nos embeleza a natureza e os sons dela. 

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

1º Encontro da Fámilia Klhan/Guilherme

Neste domingo dia 5 de janeiro de 2020 a família Klhan/Guilherme, descendentes de Ludvig Julio Guilherme Klhan e Lucia Fulber Guilherme Klan, realizou seu primeiro encontro, o evento aconteceu no interior do município de Novo Barreiro - RS.

CLIQUE AQUI PARA VER MAIS FOTOS E SABER MAIS SOBRE O ENCONTRO.
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