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quinta-feira, 30 de maio de 2019
terça-feira, 21 de maio de 2019
Biblioteca de Agatha Christie
Agatha Christie
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Agatha Christie é, e sempre será, a Rainha do Crime. Soberana dos romances policiais, vendeu bilhões de livros pelo mundo e foi traduzida para 45 línguas, sendo ultrapassada em vendas somente pela Bíblia e por Shakespeare. Nasceu Agatha Mary Clarissa Miller, em 15 de setembro de 1890, na cidade inglesa de Torquay, mais precisamente na mansão Ashfield. Cresceu ouvindo as histórias de Conan Doyle, Edgar Allan Poe e Leroux, contadas por sua irmã mais velha, Madge. Mas foi a mãe que lhe incentivou a começar a escrever contos, quando um forte resfriado fez a menina Agatha ficar alguns dias de cama. Anos mais tarde, continuaria escrevendo encorajada por Eden Phillpotts, teatrólogo amigo da família. Já famosa diria que, no início, todas as suas histórias eram melancólicas e que a maioria dos personagens morria no final.
Em 1914, casou-se com o Coronel Archibald Christie (a quem ela chamava de Archie), piloto do Corpo Real de Aviadores. Com ele, além de herdar o nome com a qual se tornaria a maior celebridade dos romances policiais, Agatha teve uma filha, Rosalind. Deram a volta ao mundo juntos e, ao lado dele, a jovem Agatha chegou até a surfar em Honolulu. O divórcio entre os dois aconteceria em 1928.
O romance de estreia daquela que viria a se tornar a Rainha do Crime, O misterioso caso de Styles, foi concebido no final da Primeira Guerra Mundial. Foi depois de trabalhar como enfermeira, quando fora transferida para o dispensário que, junto aos medicamentos, voltou a pensar na ideia que mudaria para sempre a sua vida, como mostra o texto publicado em sua Autobiografia (publicada no Brasil em 1979 pela editora Nova Fronteira):
“Foi quando trabalhava no dispensário que concebi a ideia de escrever uma história policial. Essa ideia permanecia em minha mente desde o tempo em que Madge [sua irmã] me desafiara a escrevê-la – e meu atual trabalho parecia oferecer a oportunidade favorável. Ao contrário da enfermagem, onde sempre havia o que fazer, o serviço do dispensário tinha períodos muito atarefados e outros mais frouxos. Às vezes eu ficava de serviço só a parte da tarde, praticamente sentada o tempo todo. Depois de verificar que os frascos de remédios estavam cheios e em ordem, tinha liberdade para fazer o que quisesse, desde que não abandonasse o dispensário. Comecei a considerar que espécie de história policial poderia escrever. Visto que estava rodeada de venenos, talvez fosse natural que selecionasse a morte por envenenamento. Congeminei um enredo que me parecia ter possibilidades. Essa ideia permaneceu na minha mente, gostei dela e, finalmente, aceitei-a. Depois tratei da dramatis personae. Como? Por quê? E tudo mais. Teria que ser um envenenamento íntimo, devido à maneira especial como seria acometido o crime; teria que passar-se em família, ouso dizer assim. Naturalmente, teria que aparecer um detetive. Nessa altura, achava-me mergulhada na tradição de Sherlock Holmes. Por isso pensei logo em detetives. Não poderia ser como Sherlock Holmes, é claro: teria que inventar algo diferente, bem meu, mas também ele teria que ter um amigo íntimo, uma espécie de ator contracenante – não seria tão difícil assim! Retornei a meus pensamentos a respeito dos outros caracteres. Quem seria assassinado? (...) O verdadeiro objetivo de uma boa história policial é que o assassino seja alguém óbvio e que, ao mesmo tempo, por certas razões, descubramos que não é óbvio, e que, afinal, possivelmente não fora essa pessoa que cometera o crime.”
E assim nasceu O misterioso caso de Styles, trazendo pela primeira vez o detetive belga Hercule Poirot, personagem que conseguiria ser quase tão popular quanto Sherlock Holmes. E não só esse livro, como outros, foram influenciados pelo trabalho de Agatha no dispensário e possuem mortes por envenenamento.
Em 1926, após ter lançado a média de um livro por ano, Agatha Christie escreveu aquela que ficou conhecida como sua obra-prima: O assassinato de Roger Ackroyd. O livro, primeiro publicado pela editora Collins, marcou o início de um relacionamento autor-editor que durou meio século e rendeu 70 títulos. O assassinato... foi também o primeiro dos livros de Agatha a ser dramatizado – sob o nome de Álibi – e a fazer sucesso na West End de Londres. Mas o seu mais famoso texto levado ao teatro, A ratoeira, estreou em 1952 e é a peça que mais tempo ficou em cartaz em toda a história.
Agatha casou-se pela segunda vez em 1930 com o arqueólogo Sir Max Mallowan, 14 anos mais jovem. E foi ao lado dele que a escritora viajou para o Oriente Médio, apaixonou-se pelo Egito e inspirou-se para criar histórias como Morte no Nilo e E no final a morte.
Em 1971, Agatha recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico. Faleceu em 12 de janeiro de 1976, de causas naturais, aos 85 anos de idade em sua residência (Winterbrook), em Wallingford, Oxfordshire. Foi enterrada no Cemitério da Paróquia de St. Mary, em Cholsey, Oxon.
Além de um patrimônio avaliado em 20 milhões de dólares, deixou algumas obras prontas, publicadas postumamente, como Um crime adormecido, sua Autobiografia e a coleção de pequenas histórias Os casos finais de Miss Marple, Enquanto houver luz e Problem at Pollensa.
Ao todo, é autora 66 novelas policiais, 163 histórias curtas, duas autobiografias, vários poemas, e seis romances “não crime” com o pseudônimo de Mary Westmacott. Pioneira em criar desfechos impressionantes, verdadeiras surpresas para os leitores, seus textos seguem fascinando as novas gerações.
Sua única filha, Rosalind Hicks, morreu em 28 de outubro de 2004, também com 85 anos e, assim como a mãe, de causas naturais. A partir de então, os direitos sobre a obra de Agatha Christie passaram a pertencer ao seu neto, Mathew Princhard.
Biblioteca
Título no Brasil |
Ano |
O Misterioso Caso de Styles | 1920 |
O Inimigo Secreto / O Adversário Secreto | 1922 |
Assassinato no Campo de Golfe | 1923 |
Poirot Investiga | 1924 |
O Homem do Terno Marrom | 1924 |
O Segredo de Chimneys | 1925 |
O Assassinato de Roger Ackroyd | 1926 |
Os Quatro Grandes | 1927 |
O Mistério do Trem Azul | 1928 |
O Mistério dos Sete Relógios | 1929 |
Sócios no Crime | 1929 |
O Misterioso Sr. Quin | 1930 |
Assassinato na Casa do Pastor | 1930 |
O Cadáver Atrás do Biombo | 1930 |
Um Furo Jornalístico | 1931 |
A Morte do Almirante | 1931 |
O Mistério de Sittaford | 1931 |
A Casa do Penhasco | 1932 |
Os Treze Enigmas | 1932 |
Treze à Mesa | 1933 |
O Cão da Morte | 1933 |
Assassinato no Expresso do Oriente | 1934 |
O Mistério de Listerdale | 1934 |
Por que não Pediram a Evans? | 1934 |
O Detetive Parker Pyne | 1934 |
Tragédia em Três Atos | 1934 |
Morte nas Nuvens | 1935 |
Os Crimes ABC | 1936 |
Morte na Mesopotâmia | 1936 |
Cartas na Mesa | 1936 |
Assassinato no Beco | 1937 |
Poirot Perde uma Cliente | 1937 |
Morte no Nilo | 1937 |
Encontro com a Morte | 1938 |
O Natal de Poirot | 1938 |
É Fácil Matar | 1939 |
O Caso dos Dez Negrinhos / E Não Sobrou Nenhum | 1939 |
Um Acidente e Outras Histórias | 1939 |
Cipreste Triste | 1940 |
Uma Dose Mortal | 1940 |
Morte na Praia | 1941 |
M ou N? | 1941 |
Um Corpo na Biblioteca | 1942 |
Os Cinco Porquinhos | 1942 |
A Mão Misteriosa | 1942 |
Hora Zero | 1944 |
E no Final a Morte | 1944 |
Um Brinde de Cianureto | 1945 |
A Mansão Hollow | 1946 |
Os Trabalhos de Hércules | 1947 |
Seguindo a Correnteza | 1948 |
A Casa Torta | 1949 |
Convite para um Homicídio | 1950 |
Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias | 1950 |
Aventura em Bagdá | 1951 |
A Morte da Sra. McGinty | 1952 |
Um Passe de Mágica | 1952 |
Depois do Funeral | 1953 |
Cem Gramas de Centeio | 1953 |
Um Destino Ignorado | 1954 |
Morte na Rua Hickory | 1955 |
A Extravagância do Morto | 1956 |
A Testemunha Ocular do Crime | 1957 |
Punição para a Inocência | 1958 |
Um Gato Entre os Pombos | 1959 |
A Aventura do Pudim de Natal | 1960 |
O Cavalo Amarelo | 1961 |
A Maldição do Espelho | 1962 |
Os Relógios | 1963 |
Mistério no Caribe | 1964 |
O Caso do Hotel Bertram/A mulher Diabólica | 1965 |
A Terceira Moça | 1966 |
Noite Sem Fim | 1967 |
Um Pressentimento Funesto | 1968 |
A Noite das Bruxas | 1969 |
Passageiro para Frankfurt | 1970 |
Nêmesis | 1971 |
A Mina de Ouro | 1971 |
Os Elefantes Não Esquecem | 1972 |
Portal do Destino | 1973 |
Os Primeiros Casos de Poirot | 1974 |
Cai o Pano | 1975 |
Um Crime Adormecido | 1976 |
Autobiografia | 1977 |
Os Últimos Casos de Miss Marple | 1979 |
Testemunha da Acusação e Outras Peças | 1980 |
Poirot e o Mistério da Arca Espanhola e Outras Histórias | 1997 |
Enquanto Houver Luz | 1997 |
Café Preto | 1997 |
O Visitante Inesperado | 1999 |
Poirot Sempre Espera e Outras Histórias | 2008 |
A Teia da Aranha | 2008 |
segunda-feira, 20 de maio de 2019
1ª Noite da Semana Acadêmica de Agronomia CESURG 2019
Na noite desta segunda feira deu-se o inicio da Semana Acadêmica do curso de Agronomia CESURG 2019, com o tema Inovação.
A semana Acadêmica acontece no auditório do CESURG Sarandi e se estende até a próxima sexta feira.
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A semana Acadêmica acontece no auditório do CESURG Sarandi e se estende até a próxima sexta feira.
segunda-feira, 6 de maio de 2019
sábado, 4 de maio de 2019
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