sexta-feira, 16 de maio de 2014

Semiárido: onde a vida pode florescer – experiência de um quintal produtivo agroecológico

Por Genilson Reis da Luz – Comunicador Popular da ASA
Dormentes – PE
Juraci Paulo Macedo Ribeiro reside na comunidade de Pimenta, Município de Dormentes – PE. Ele foi beneficiado com um barreiro trincheira do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), por meio do contrato de patrocínio firmado entre a ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro) e a Petrobras. A gestão do recurso foi feita pelo NEPS (Núcleo de Educadores Populares do Sertão de Pernambuco).
Juraci, juntamente com seu pai, Paulo Antônio Ribeiro, desenvolve ações de sustentabilidade em um quintal produtivo agroecológico. No quintal eles produzem, cana, manga, banana, abobora, milho, macaxeira, romã, coco, mamão, goiaba, cebola, coentro, alface, laranja, beterraba, inhame, pepino, entre outras.
barreiro-trincheira 

Juraci conta com um barreiro-trincheira para manter a produção

“O quintal é importante, gera economia, representa mais saúde, por que os produtos que produzimos e consumimos são orgânicos e isso representa lucro, qualidade de vida e soberania. Para o olhar das pessoas, nossas frutas podem não ser grandes e bonitas, iguais às que estão no mercado e nas feiras livres produzidos com o uso abusivo dos agrotóxicos, mas nossos produtos são orgânicos, muito mais saudáveis e nutritivos para a saúde de quem o consome, e ainda precisa levar-se em conta o sabor que é totalmente incomparável”, enfatiza Juraci.

A vida floresce e salta aos olhos no quintal agroecológico cultivado pela família de “Seu” Juraci

O que Juraci coloca no seu depoimento não é propaganda, é a realidade. O que ele produz juntamente com o seu pai, é para o consumo das duas famílias. O excedente é dividido com as irmãs e parentes que moram na Cidade. Ou seja, a comercialização e zero. Tudo é repartido gratuitamente. Imagine aí como isso é bacana! Juraci considera o trabalho da horta uma fisioterapia. Ele falou que ama o que faz, e fica feliz quando alguém vai até lá visitar o quintal produtivo.
Informe da ASA, reproduzido pelo EcoDebate, 13/05/2014

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