A Mini Feira, que ocorreu durante os dias 2 e 10 de julho, movimentou a antiga estação férrea da cidade.
Os apaixonados por livros costumam esperar pela grande feira que acontece no final do ano para encontrar algumas obras com descontos. Agora, eles tiveram outra oportunidade no calendário: a Mini Feira do Livro, que aconteceu entre os dias 2 e 10 de julho. A novidade ocorreu na antiga estação férrea da Gare, reunindo, também, autores regionais.
A Mini Feira foi organizada pela Associação de Livreiros de Passo Fundo (ALPF) e veio para somar incentivo à leitura. Durante a semana, o movimento foi baixo. Porém, nos dois últimos dias, ele se intensificou, mostrando a quem trabalha com livros que, em meio à correria do dia a dia e à ascensão dos e-books, ainda há quem sinta prazer em folhear um livro e sentir o cheiro das histórias impressas. “Ela foi organizada bem em cima da hora e esse pode ser um dos motivos pelo movimento ser parado durante a semana. Para nós, foi um sucesso. Tivemos muito feedback das pessoas, que diziam: ‘que bom que tem essa Mini Feira’”, identifica a presidente da associação, Silvana Rovani.
Houve música, teatro, contação de histórias e até campanha para doação de agasalho. Contudo, percebeu-se uma tentativa das livrarias de instigar pessoas que não têm o hábito de ler à medida que apresentam novas formas de trabalho. “Se o povo não criar a cultura de ir nas livrarias, vai ter mais fechando. Mas queremos mais livrarias, não menos”, diz Silvana.
Quem já gosta de ler, por sua vez, teve a chance de conhecer escritores regionais. A Sueli Gehlen Frosi, conhecida pelos textos do cotidiano que escreve, fez parte do grupo. Ela fala da Mini Feira como um aquecimento para a grande. “Para os autores, como no meu caso, houve oportunidade de contato direto com os leitores, assim como uma divulgação mais íntima dos livros, já que as livrarias deram ênfase aos autores locais. A iniciativa foi positiva em todos os sentidos dado ao grande número de pessoas que circularam pelo espaço da Gare e tomaram consciência de que uma iniciativa cultural estava em curso”, ressalta.
A estudante Yasmin de Oliveira, de 16 anos, foi uma das pessoas que aproveitou para comprar um título que faltava no seu acervo e conhecer quem tem a palavra como o seu objeto de trabalho. “Eu gosto muito de livros. Leio, empresto e coloco na minha estante, que tem, pelo menos, uns 30. Para mim, eles têm um grande valor pelas coisas que agregam em conhecimento e expressão. Dei uma passadinha para ver o que tinha e acabei levando um mais leve para as férias, do Nicholas Sparks”, menciona.
Uma das coisas que mais chama a atenção é o local em que a feira foi realizada. O espaço, que abriga histórias de idas e vindas e já foi ponto de comércio de alimentos, ganhou uma nova finalidade. E de espaços é o que mais a Associação dos Livreiros sente carência para exibir as obras e convidar pessoas pra levá-las para casa, o que devia ser uma preocupação maior da Capital Nacional da Literatura. A associação, que não é um monopólio porque praticamente todas as livrarias fazem parte, teria que ter mais espaços abertos. Ela tem que participar da vida ativa de Passo Fundo”, finaliza Silvana.
Fonte: DM
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