Na próxima terça-feira (19), chegarão ao Rio Grande do Sul os primeiros clones de erva mate produzidos pela Embrapa Floresta, de Colombo-PR. Com o Convênio de Cooperação, serão implantados no Estado três experimentos, sendo um em Áurea, com implantação prevista para o dia 19 e dois no município de Ilópolis, com a implantação nos dias 20 e 21.
De acordo com o diretor executivo do Ibramate, Roberto Ferron, serão implantados testes de progênies de primeira geração, de segunda geração e teste clonal nas mesmas áreas. Segundo o pesquisadorda Embrapa Floresta, Ivar Wendling, coordenador da pesquisa, trata-se de uma nova abordagem, tendo em vista que pode-se avaliar materiais de diferentes graus de melhoramento em uma mesma área, sem ampliar a necessidade de áreas para o experimento.
“As progênies de primeira geração são aquelas selecionadas em matrizes superiores nativas de diferentes regiões e as progênies de segunda geração são aquelas sementes coletadas em testes de progênies de primeira geração implantados em 1997, onde se deixou cruzar somente as melhores matrizes, com base em produtividade de folhas”, explica Ferron.
Ele explica ainda que os clones são árvores superiores selecionadas com base em produtividade, resistência a pragas e doenças e sabor e multiplicadas por enraizamento via mini estaquia. Serão implantados: progênies de primeira geração seis do Rio Grande do Sul; duas de Santa Catarina; três do Paraná e uma de Mato Grosso do Sul; 50 progênies de segunda geração; e 15 clones.
Ao todo serão implantados nove testes, sendo três no RS, três em SC, duas no PR e uma no MS.
“Para o Ibramate, começaremos uma nova revolução no setor produtivo da erva mate, pois estes experimentos possibilitarão testar inúmeros materiais de diversas regiões produtoras do Brasil para saber quais se adaptam, que tipo de produto vão produz”, diz Ferron.
Quando o Instituto tiver as árvores matrizes do Estado catalogadas, registradas, e estudadas, poderá produzir os clones dos Polos Regionais Ervateiros. “Por isso o aplicativo construído pela UFSM e repassado ao Ibramate e Seapi tem importância no avanço das novas pesquisas sobre melhoramento genético da erva mate”, acrescenta.
Com esta medida, Ferron diz que será mudado o setor produtivo agrícola e industrial da erva mate. No futuro poderão ser realizados plantios ordenados com a definição do tipo de produto que se deseja obter (sabor de bebida chimarrão, chá ou para cosméticos, medicamentos, refrigerantes, energéticos, cerveja, desengordurantes, alimento e/ou ração animal); a pesquisa para novos produtos. E também, a busca de novos mercados e consumidores.
Também no dia 19, o pesquisador Ivar Wendling o diretor do Ibramate, Roberto Ferron farão uma palestra sobre o Programa de Melhoramento Genético da Erva Mate, no CTG Carreta Velha, em Áurea, com início às 19h.
Fonte: JBD
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