domingo, 23 de fevereiro de 2020

Case Gurgel

A cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, já sediou uma importante indústria cem por cento nacional no setor de automotivo, que em 25 anos produziu vários veículos e fundada em 1º de setembro de 1969 pelo engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel.
Devido às exportações que sua empresa passou a fazer com o sucesso dos produtos, ele sempre dizia que sua fábrica não era uma multinacional, e sim "muitonacional". O capital era 100% brasileiro. Este homem dinâmico e de grandes idéias formou-se na Escola Politécnica de São Paulo em 1949 e, em 1953, no General Motors Institute nos Estados Unidos.
Gurgel começou produzindo karts e minicarros para crianças. Em 1969 fundou a Gurgel Veículos, seu primeiro modelo foi um bugue com linhas muito modernas e interessantes. Gurgel sempre batizou seus carros com nomes bem brasileiros e homenageava nossas tribos de índios, e construiu vários modelos de carros, dentre eles o Itaipu, o primeiro carro elétrico, que ficava cerca de sete horas em uma tomada de 220 volts.
A fabrica Gurgel já produziu vários tipos de veículos, de picape a veículos utilizados em guerras. Á veículos de todos os tipos e especificidades, mas por curiosidade, a empresa até 1987 sempre utilizava motor de outras empresas. Mas em 1987, onde foi criado o BR-800 com motor da própria Gurgel onde não tinha concorrentes até então.
Porem em 1990 a Fiat lançou o UNO MILLE, concorrendo diretamente com BR-800 da Gurgel; a mesma tentando revidar aos concorrentes do mercado, fez uma evolução no BR-800 em 1992, renomeado de supermine, onde vendeu cerca de 1500 unidades no primeiro semestre do ano.
A empresa procurando melhorar sua posição no mercado de veículos popular, a empresa bolou o projeto de Delta, um veiculo barato e de fácil acesso á população, porem mesmo com as ferramentarias em fabrica para produção, o projeto não saiu do papel.
E por final, no inicio do segundo semestre 1993, a empresa pediu concordata (processo de falência), devido a alta concorrência das multinacionais no mercado. Mas em 1994, a Gurgel solicitou ao governo um empréstimo de vinte milhões (R$20.000.000,00), este negado negado, fazendo com que a organização acabasse a sua vida produtiva no final do segundo semestre e vindo a fechar as portas antes da virada do ano.

“Não, o sonho de Gurgel não acabou, pois ele pode estar dentro de cada um de nos”.  João Gurgel

Fonte: Gestão do Conhecimento

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