Titulo: História do Cerco de Lisboa
Autor: José Saramago
Se fosse vivo, José Saramago, completaria no próximo dia 16 de Novembro 90 anos. É um autor que não precisa de apresentações mas, para aqueles que não conhecem a grandeza da sua obra, basta relembrar que continua a ser o único autor de língua portuguesa vencedor do Prémio Nobel da Literatura.
Na leitura deste livro não é só a historia do cerco de Lisboa que passamos a conhecer; também é contada a história da tomada de Santarém, assim como o milagre de Santo António, ou o milagre de Ourique, onde Cristo apareceu a D. Afonso Henriques, e claro a estória de como seria o cerco a Lisboa se os cruzados tivessem dito não ao Rei Português, mas esses factos não são os mais relevantes neste livro.
“Com a mão firme segura a esferográfica e acrescenta à palavra, uma palavra que o historiador não escreveu, que em nome da verdade histórica não poderia ter escrito nunca, a palavra Não, agora o que o livro passou a dizer é que os cruzados Não auxiliarão os portugueses a conquistar Lisboa, assim está escrito e portanto passa a ser verdade”
Raimundo Silva, no seu trabalho de revisor, acrescentou um não nesta história, e é esse não que tem mais importância neste livro, pois, na nova história do cerco de lisboa, também os soldados tiveram a coragem de dizer não:
“Saiba vossa alteza que não, ou me pagam pela tabela dos cruzados, ou não vou mais à guerra”(…)”pensai também que acto de justiça pagar o igual com o igual, e que este país em princípio de vida só começará mal se não começar justo”
Estas palavras do soldado Mogueime leva-nos a um raciocínio: como seria diferente a história da humanidade se mais pessoas tivessem a coragem de dizer não.
A história de amor entre Raimundo e Maria Sara, sua superior hierárquica, também tem bastante destaque ao longo do livro. Mas será que a história de amor de ambos é muito diferente da história de amor entre Mogueime e a prostituta Ouroana?
“Parece que estamos em guerra, e é guerra de sítio, cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele, queremos deitar abaixo os muros do outro e continuar com os nossos, o amor será não haver mais barreiras, o amor é o fim do cerco.”
A Deus são feitas muitas críticas. Uma pergunta torna-se inevitável, se Deus ajudou tanto os portugueses nesta batalha, como consentiu que as tropas que lutavam em Seu nome fizessem o seguinte ato: “foi toda a população passada à espada homens, mulheres e meninos, sem diferença de idade e terem ou não terem arma na mão”. E qual será a maior e melhor divindade: Deus ou Alá?
Boa leitura…
Na leitura deste livro não é só a historia do cerco de Lisboa que passamos a conhecer; também é contada a história da tomada de Santarém, assim como o milagre de Santo António, ou o milagre de Ourique, onde Cristo apareceu a D. Afonso Henriques, e claro a estória de como seria o cerco a Lisboa se os cruzados tivessem dito não ao Rei Português, mas esses factos não são os mais relevantes neste livro.
“Com a mão firme segura a esferográfica e acrescenta à palavra, uma palavra que o historiador não escreveu, que em nome da verdade histórica não poderia ter escrito nunca, a palavra Não, agora o que o livro passou a dizer é que os cruzados Não auxiliarão os portugueses a conquistar Lisboa, assim está escrito e portanto passa a ser verdade”
Raimundo Silva, no seu trabalho de revisor, acrescentou um não nesta história, e é esse não que tem mais importância neste livro, pois, na nova história do cerco de lisboa, também os soldados tiveram a coragem de dizer não:
“Saiba vossa alteza que não, ou me pagam pela tabela dos cruzados, ou não vou mais à guerra”(…)”pensai também que acto de justiça pagar o igual com o igual, e que este país em princípio de vida só começará mal se não começar justo”
Estas palavras do soldado Mogueime leva-nos a um raciocínio: como seria diferente a história da humanidade se mais pessoas tivessem a coragem de dizer não.
A história de amor entre Raimundo e Maria Sara, sua superior hierárquica, também tem bastante destaque ao longo do livro. Mas será que a história de amor de ambos é muito diferente da história de amor entre Mogueime e a prostituta Ouroana?
“Parece que estamos em guerra, e é guerra de sítio, cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele, queremos deitar abaixo os muros do outro e continuar com os nossos, o amor será não haver mais barreiras, o amor é o fim do cerco.”
A Deus são feitas muitas críticas. Uma pergunta torna-se inevitável, se Deus ajudou tanto os portugueses nesta batalha, como consentiu que as tropas que lutavam em Seu nome fizessem o seguinte ato: “foi toda a população passada à espada homens, mulheres e meninos, sem diferença de idade e terem ou não terem arma na mão”. E qual será a maior e melhor divindade: Deus ou Alá?
Boa leitura…
Fonte: Sugestão de Leitura