Título: O Aleph
Autor: Jorge Luis Borges
Editora: Companhia Das Letras
Ano: 1949
Páginas: 146
Publicado em 1949, 'O Aleph' é considerado pela crítica um dos pontos culminantes da ficção de Borges. Em sua maioria,“as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico”, esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a “realidade”: as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os recorrentes motivos borgeanos do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino. O livro se abre com “O imortal”, em que temos a típica descoberta de um
manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com 'O Aleph', para o qual Borges deu a seguinte “explicação” em 1970: “O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço”.Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa idéia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível.
Publicado em 1949, 'O Aleph' é considerado pela crítica um dos pontos culminantes da ficção de Borges. Em sua maioria,“as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico”, esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a “realidade”: as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os recorrentes motivos borgeanos do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino. O livro se abre com “O imortal”, em que temos a típica descoberta de um
manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com 'O Aleph', para o qual Borges deu a seguinte “explicação” em 1970: “O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço”.Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa idéia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível.