Mauritânia: Quem usar, fabricar ou importar sacolas pláticas pode ser multado e condenado à prisão
O governo da Mauritânia decidiu proibir o uso de sacolas plásticas, para proteger o meio ambiente e preservar animais e peixes.
Mais de 70% dos bois e ovelhas mortos na capital do país, Nouakchott, morrem após ingerir sacolas plásticas, afirmou à BBC Mohamed Yahya.
Com a implantação da medida, quem fabricar o produto poderá ser preso por até um ano.
O plástico corresponde a um quarto das 56 mil toneladas de lixo produzido anualmente em Nouakchott, segundo estatísticas do país.
O responsável pela organização de proteção ao consumidor da Mauritânia, Mocttar Ould Tauf, elogiou a medida, segundo a agência de notícias Efe.
Ele disse que a nova lei era “particularmente importante” dado o impacto negativo das sacolas plásticas para o meio ambiente, para os animais e para as espécies marinhas.
O ministro do Meio Ambiente do país, Amedi Camara, afirmou que praticamente todo o lixo proveniente de sacolas plásticas não é “coletado e permanece, portanto, no meio ambiente – terra e mar – onde é ingerido frequentemente por espécies marinhas e por rebanhos, provocando a sua morte”.
O governo, organizações não-governamentais e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) têm promovido o uso de novas sacolas biodegradáveis, informou a agência estatal do país.
Segundo Camara, “qualquer um que use, fabrique ou importe sacolas plásticas poderá ser multado e condenado a um ano de prisão”.
Vários países da África, incluindo Ruanda, já proibiram o uso do produto.
Matéria da BBC Brasil, republicada pelo EcoDebate, 04/01/2013