Gessy
Lima, também natural de Uruguaiana, pouco se sabe sobre a infância de
Gessy até ele chegar ao Grêmio. Ele veio para o Grêmio em 1955, e
Foguinho, treinador do time na época, o dispensou. Meses depois, o
Grêmio foi jogar em Uruguaiana, contra o Ferro Carril, e o cônsul
gremista de lá teria apostado com Ari Delgado, dirigente tricolor:
"Gessy vai fazer dois gols, driblando Airton (Pavilhão) e Ênio
Rodrigues". Ari saiu de lá tendo perdido a aposta.
Gessy
Lima, era chamado de “O Craque Paradoxal” pois, segundo ele próprio, não
gostava de jogar futebol. Não sentia prazer em fazê-lo. Sequer
comemorava a maioria de seus gols, e só seguia no esporte pelo seu
incontestável e imensurável talento.
Além disso, a bola pagava suas contas enquanto ele estudava para entrar na faculdade de odontologia.
Após um jogo em Uruguaiana, Gessy foi contratado imediatamente. Foi penta campeão Gaúcho entre 1956 e 1960, vencendo todos que disputou. Seu estilo de jogo se caracterizava pelo drible rápido em direção ao gol, um chute forte e preciso, e um passe qualificado que consagrou Juarez, o "tanque", como grande artilheiro gremista da época. Ficou conhecido, também, como "Rei da Janelinha", uma referência a seu drible característico.
Após um jogo em Uruguaiana, Gessy foi contratado imediatamente. Foi penta campeão Gaúcho entre 1956 e 1960, vencendo todos que disputou. Seu estilo de jogo se caracterizava pelo drible rápido em direção ao gol, um chute forte e preciso, e um passe qualificado que consagrou Juarez, o "tanque", como grande artilheiro gremista da época. Ficou conhecido, também, como "Rei da Janelinha", uma referência a seu drible característico.
Apesar
dos vários títulos, foi um jogo em particular, e a história que o
envolveu, que imortalizaram Gessy nas páginas da história do futebol
mundial.
Em 1959,
Gessy tinha provas para o vestibular de Odontologia. O Grêmio foi jogar
em Montevidéu e, depois, Buenos Aires. Ele ficou fazendo as provas,
passou no vestibular e comemorou com largas quantias de álcool.
Porém,
estava combinado que iria para Buenos Aires enfrentar o Boca Juniors. E
ele foi. Desceu do avião ainda alcoolizado. O dirigente Ari Delgado
tratou de escondê-lo de Foguinho.
Gessy dormiu até a hora da partida e, naquela noite, fez os quatro gols da vitória do Grêmio sobre o Boca Juniors por 4 a 1, sacramentando assim a primeira derrota do Boca em La Bombonera para um clube estrangeiro em toda sua história.
Gessy dormiu até a hora da partida e, naquela noite, fez os quatro gols da vitória do Grêmio sobre o Boca Juniors por 4 a 1, sacramentando assim a primeira derrota do Boca em La Bombonera para um clube estrangeiro em toda sua história.
O capitão
da equipe argentina à época teria dito na ocasião algo como: "Tirem
este homem, está acabando com o Boca!". Conta-se que Gessy foi aplaudido
de pé pelo estádio inteiro.
Em 1961 e
1962, Gessy foi jogar na Portuguesa de Desportos, paralelamente
cursando a faculdade. Formou-se, então, e abandonou o futebol aos 26
anos. Não aceitava nem dar entrevistas, e talvez por isso saiba-se tão
pouco sobre o Craque Paradoxal.