A ação resultou em 112 multas, que ultrapassaram os R$ 80 milhões, 19 áreas embargadas e 45 notificações para apresentação de documentos. As empresas têm 20 dias para apresentar sua defesa.
A operação, que ocorreu entre os dias 18 e 27 de fevereiro, estava sendo planejada desde o ano de 2010. Durante três anos, analistas ambientais do Ibama se debruçaram sobre imagens de satélite e tomadas aéreas para definir com segurança as áreas de manguezais que foram afetadas pela atividade salineira. Com o auxílio de modernas técnicas de geoprocessamento, obteve-se uma série temporal da ocupação das APPs por empresa salineira, identificando-se e mensurando-se todas as áreas impactadas. A área total coberta pela fiscalização foi superior a 40 mil hectares, dos quais 2,5 mil apresentavam altos estágios de degradação (veja fotos abaixo).
Outra constatação da Operação Ouro Branco foi que 100% das empresas visitadas apresentaram falhas documentais ou prestaram informações incorretas ao Cadastro Técnico Federal. Alguns empreendimentos nem sequer tinham qualquer tipo de licença ambiental. Outros deixaram de apresentar relatórios sobre a atividade, omitindo ou declararando informações falsas.
Atuaram na Operação Ouro Branco 21 agentes federais do Ibama – da Diretoria de Proteção Ambiental (da sede, em Brasília) e dos estados do Rio Grande do Norte, do Ceará, de Alagoas, de Pernambuco e do Espírito Santo.
Airton de Grande
Ascom Ibama/RN
Ascom Ibama/RN
EcoDebate, 07/03/2013