segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Possibilidades da automação na gestão e tratamento de resíduos sólidos, por Antonio Silvio Hendges e Juan Pedro Acosta



lixoA Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em agosto de 2010 pelo Senado estabeleceu prazo de dois anos para as prefeituras apresentarem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O mês de agosto/2012 marca a data limite. No entanto, poucos estão adequados e o desperdício de matérias primas que poderiam ser valorizadas através da reciclagem continua sendo a regra. Como exemplo, Porto Alegre coleta aproximadamente 1200 toneladas/dia de resíduos sólidos com potencial de reciclagem de 42,73%. Na coleta seletiva são aproximadamente 100 toneladas, mas um pequeno percentual é reaproveitado – cerca de 10%. Isto diminui os ganhos das cooperativas de catadores, que tem os recursos financeiros dos seus associados vinculados à quantidade de material que conseguem separar para a reciclagem. Os resíduos sólidos recicláveis e reutilizáveis em sua maior parte voltam para os caminhões de coleta e têm o mesmo destino final do lixo orgânico: os aterros sanitários. A Capital gaúcha gasta em média R$ 33,27 por tonelada transportada até Minas do Leão, distante 113 quilômetros. Estes dados são do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
Uma solução rápida e eficiente para o tratamento adequado dos resíduos e a adequação dos municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos está na automação nos processos de separação, classificação e valorização dos materiais recicláveis. Estas tecnologias podem aumentar significativamente os rendimentos, a eficiência e o profissionalismo das cooperativas de catadores e das empresas de reciclagem, dinamizando a eficiência da separação dos diferentes materiais recicláveis, resultando em economia aos municípios, geração de trabalho e renda de qualidade, inclusão social e em menos resíduos para a disposição final nos aterros sanitários (ou lixões), gerando economia para o poder público e vantagens ambientais.
A indústria Pellenc Selective Technologies (Pellenc ST) presente em 40 países, pesquisa, desenvolve e comercializa equipamentos com tecnologias óticas que realizam uma separação extremamente precisa dos diferentes tipos de plásticos (PET, PP, PEAD, PEBD, PVC, PS, etc) e outros materiais presentes nos resíduos descartados pelo consumo ou produção, incluindo-se indústrias, construtoras e outras atividades. Com maior eficiência na separação, cresce o volume de material efetivamente reciclado, gerando benefícios diretos e imediatos às cooperativas e empresas, auxiliando a gestão municipal adequada e legal dos resíduos sólidos.
A Pellenc ST é representada na Região Sul do Brasil pela Quattro Vento Assessoria Empresarial. Conforme o Diretor da empresa, os benefícios que os municípios obtêm com a automatização dos processos de tratamento de resíduos sólidos são consideráveis: “As cooperativas de catadores poderão ganhar em eficácia, profissionalismo e recursos financeiros, aumentando a eficiência dos processos de separação dos materiais e trabalhando mais forte para aumentar o volume de material recolhido. Para os municípios, representará menos material desperdiçado que volta para os aterros sanitários. Para os cidadãos será menos no lixo na rua e mais justiça social”, explicou o Diretor da Quattro Vento, Juan Pedro Acosta. “É importante reforçar que nenhum emprego será extinto devido à automatização, pelo contrário, as cooperativas poderão ampliar o número de trabalhadores nas suas equipes”.
O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, conforme o local. São materiais que, como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio ambiente. O ideal: serem recuperados e reciclados. A reciclagem do plástico exige cerca de 10% da energia utilizada nos processos primários de produção. Do total de plásticos produzidos no Brasil, apenas 15% é reciclado. Um dos empecilhos é a grande variedade de tipos utilizados. “Não existe limite de desempenho dos nossos sistemas de reciclagem, os sensores da Pellenc ST permitem atingir um grau de pureza de 90 a 95 % com valores de pico de 99% graças aos sistemas de leitura ótica implantados nos equipamentos”, explicou Acosta. Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de supermercados, embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e artigos domésticos, tubulações e garrafas de PET, que convertidas em grânulos são utilizadas para a fabricação de cordas, fios de costura, cerdas de vassouras, escovas, revestimentos, equipamentos ergonômicos, roupas, bicicletas e muitos outros produtos.
Vantagens dos equipamentos com tecnologias óticas da Pellenc ST:
- Flexibilidade – não importa qual tipo ou quanto material é necessário separar: A Pellenc ST oferece uma ampla variedade de equipamentos de reciclagem para atender as necessidades especificas.
- Serviços – ajudamos nossos clientes a encontrarem soluções exatas para as necessidades de reciclagem.
- Desempenho – não existe limite de desempenho dos nossos sistemas de reciclagem, os sensores da Pellenc ST permitem atingir um grau de pureza de 90 a 95 % com valores de pico de 99%.
- Detecção superior – os sensores Pellenc ST são capazes de fornecer mais informações na leitura dos objetos.
- Assistência Técnica – A Pellenc ST oferece muito mais que a venda de máquinas: oferecemos sistema completos de operação, revemos e aperfeiçoamos permanentemente, ajudando nossos clientes a maximizarem a performance de seu sistema Pellenc ST.
- Benefícios – Adicionar a tecnologia Pellenc ST aos processos de reciclagem significa aumentar a capacidade, qualidade e lucros: nossos sensores aumentam a eficiência das instalações, fornecendo frações mais puras, uma produção elevada e um desempenho constante. Sendo assim, o investimento tem um período breve de recuperação: entre 6 a 36 meses, graças à minimização dos custos e maximização do rendimento.
Antonio Silvio Hendges, Articulista do Portal EcoDebate, é Professor de biologia, assessoria em resíduos sólidos, educação ambiental e tendências ambientais. Emails: as.hendges@gmail.com e cenatecltda@hotmail.com
Juan Pedro Acosta, Diretor da Quattro Vento (www.quattrovento.com.br) Email: quatrovento@quatrovento.com.br
EcoDebate, 06/08/2012

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