Os clientes de supermercados dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Pará e Espírito Santo serão alertados sobre os riscos do consumo excessivo de sal para a saúde. É que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) firmou, no dia 16/10/2012, acordo de cooperação com associações de supermercados dos referidos estados para o lançamento de uma campanha de conscientização em relação à redução do uso deste nutriente.
A campanha prevê o uso de folderes, banners e cartazes, nos supermercados dos quatro estados, com alertas sobre os riscos do uso excessivo de sal nos alimentos. Também serão disponibilizados aos supermercados spots para serem veiculados nas rádios internas dos estabelecimentos.
Para o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o acordo reafirma um conjunto de esforços do governo para incentivar uma alimentação saudável. “É papel de um estado que pretende ter um sistema de saúde universal agir, alertar e amparar o cidadão em todos os estágios”, afirmou Barbano, durante a abertura da cerimônia de assinatura do termo de cooperação.
Já o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Agência, Agenor Álvares, destacou, na ocasião, que a campanha tem que ser encarada como uma parceria entre o setor privado e o governo na busca da melhoria da saúde da população. “Essa iniciativa demonstra que o governo e o setor produtivo podem atuar de forma conjunta em benefício da população. Isso não quer dizer que o governo será capturado por determinados segmentos da sociedade”, explicou Álvares.
Estimativas
Estimativas demonstram que a população brasileira consome cerca de 12 gramas de sal por dia, mais do que o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 5 gramas diárias. Cerca de 40% da composição do sal é sódio.
O sódio é considerado um nutriente de preocupação de saúde pública que está diretamente relacionado ao desenvolvimento das Doenças Crônicas não Transmissíveis: hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais. “A grande preocupação das autoridades de saúde no mundo inteiro é com as doenças que são invisíveis”, disse Álvares
A campanha reforça as estratégias para a redução do consumo de sódio pela população brasileira e se alia ao compromisso assinado entre o Ministério da Saúde e as indústrias de alimentação para a redução gradual da quantidade de sódio nos alimentos processados.
Dados
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foi resultado de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, o aumento da pressão arterial no mundo é o principal fator de risco de morte e o segundo de incapacidades por doenças cardíacas, acidente cérebro vascular e insuficiência renal.
Já dados do IBGE indicam que, em 2009, uma em cada três crianças brasileiras na faixa de 5 a 9 anos estava com sobrepeso, sendo que a obesidade atingiu 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas. Durante o período de 1974 a 2009, a prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, passou de 3,7% para 21,7% no sexo masculino e de 7,6% para 19,4% no sexo feminino. Nesse mesmo período, o sobrepeso na população adulta masculina passou de 18,5% para 50,1%, enquanto que na feminina foi de 28,7% para 48%.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foi resultado de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, o aumento da pressão arterial no mundo é o principal fator de risco de morte e o segundo de incapacidades por doenças cardíacas, acidente cérebro vascular e insuficiência renal.
Já dados do IBGE indicam que, em 2009, uma em cada três crianças brasileiras na faixa de 5 a 9 anos estava com sobrepeso, sendo que a obesidade atingiu 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas. Durante o período de 1974 a 2009, a prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, passou de 3,7% para 21,7% no sexo masculino e de 7,6% para 19,4% no sexo feminino. Nesse mesmo período, o sobrepeso na população adulta masculina passou de 18,5% para 50,1%, enquanto que na feminina foi de 28,7% para 48%.
Em termos de custos ao Sistema Único de Saúde, no período de 2001 a 2010 houve aumento de 63% dos gastos em internações associadas à hipertensão (desconsiderando o ônus com perda da qualidade de vida, não mensuráveis). Internações por acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio e outras doenças isquêmicas oneraram o sistema de saúde brasileiro em quase U$20 milhões no ano de 2010.